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Inflação em alta e juros elevados pressionam o planejamento de preços nas empresas


A combinação entre inflação elevada e juros em patamar recorde impõe um dos cenários mais desafiadores dos últimos anos para o empresariado. Com a taxa Selic a 14,75% ao ano (a.a.) e a inflação acumulada de 12 meses em 5,53%, os negócios, ao planejarem preços e estratégias de venda, precisam lidar com custos crescentes, retração do crédito e mudanças no comportamento do consumidor.

Segundo análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o panorama é marcado por incertezas. A inflação, medida pelo IPCA, deve se aproximar de 6% no terceiro trimestre e recuar apenas no fim do ano, quando saem da base de cálculo os aumentos mais expressivos registrados no fim do ano passado. Aluguéis, energia elétrica, folha de pagamento e benefícios (como vale-alimentação) continuam pressionando o custo operacional das empresas.
 

Juros altos tornam crédito mais caro e corroem lucros

Os efeitos das altas da Selic, que vem subindo desde meados de 2024, já estão sendo sentidos. Para o consumidor, o crédito ficou mais caro e seletivo. Já para o empresário, o maior impacto está na antecipação de recebíveis e na manutenção do fluxo de caixa. A taxa média para antecipação de faturas de cartão de crédito já alcança 18,9% a.a., o que reduz consideravelmente a margem do lojista.

Uma simulação realizada no site da PagSeguro mostra que, em uma venda parcelada de R$ 1 mil em seis vezes, o lojista que antecipa o valor receberia apenas R$ 847,30 — uma perda de mais de 15%. Dessa forma, é importante manter o caixa saudável e evitar depender dessas antecipações, que acabam afetando parte do faturamento, aponta o estudo.
 

Estratégias de precificação

A FecomercioSP alerta que não existe fórmula única para formar preços. No entanto, diversos fatores devem ser levados em consideração. Confira a seguir.

- Concorrência: segmentos como o de vestuário lidam com forte competição, o que dificulta o repasse total de despesas ao consumidor final.
- Custo de reposição: produtos importados ou com alta tecnologia tendem a ter reposição mais cara, exigindo mais atenção no planejamento de estoque.
- Gastos da cadeia: transporte, fornecedores e armazenagem influenciam diretamente o preço final e devem ser monitorados com regularidade.
- Sensibilidade ao preço: apesar da queda no desemprego e da recuperação parcial da renda, a desaceleração econômica prevista para os próximos meses deve reduzir o poder de compra, exigindo cautela nos reajustes.

Descontos à vista e gestão de fluxo de caixa como alternativas

Diante do encarecimento do crédito, estratégias como o estímulo ao pagamento à vista — especialmente via PIX — podem ajudar o lojista a manter o caixa equilibrado e evitar perdas com antecipações. A oferta de descontos e os prazos alternativos de pagamento devem ser organizados conforme a saúde financeira do negócio.

Os juros continuam sendo considerados uma das maiores “pedras no sapato” do empresário. O planejamento precisa ser realista, atento às variações do mercado e baseado em dados precisos, de acordo com a análise da Federação.

Com perspectivas de manutenção dos juros elevados ao longo de 2025, equilibrar preços competitivos, rentabilidade e sustentabilidade financeira será o maior desafio para as empresas. A atenção à conjuntura econômica e a adaptação estratégica são, mais do que nunca, indispensáveis.


Fonte: fecomercio

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