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EUA recua e adia tarifaço para vários países, mas não poupa a China


Um dia após atingir o pico de R$ 6,05 e fechar a R$ 5,997, o dólar caiu 2,51%, ontem, cotado a R$ 5,847 para a venda. Ao longo do dia, a moeda chegou a atingir a máxima de R$ 6,09, mas recuou depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás, em mais um capítulo da sua guerra tarifária.

 

A tensão entre China e Estados Unidos aumentou depois que o governo chinês ampliou, ontem, de 34% para 84% a taxação sobre os produtos norte-americanos em resposta aos 104% de imposto anunciado por Trump para as importações provenientes do país asiático. Em meio ao derretimento das bolsas norte-americanas e de países da União Europeia ameaçando nova retaliação, Trump adiou em 90 dias a aplicação das tarifas de reciprocidade para vários países anunciadas no último dia 2. A única exceção na decisão de Trump foi a China, país para o qual o presidente dos Estados Unidos elevou a tarifa de importação para 125%, após o país asiático ter retaliado novamente a taxa norte-americana. Para os demais países, o presidente reduziu para 10%, igualitariamente, a alíquota adicional aplicada sobre os produtos estrangeiros.

 

O recuo de Trump consolida o enfraquecimento do republicano no cenário internacional após uma série de medidas equivocadas, de acordo com observadores. Na avaliação do especialista em investimentos da Nomad, Bruno Shahini, a pressão sofrida pelo mercado parece ter desempenhado um papel importante na decisão, sugerindo que o chamado “Trump put” — termo que se refere à expectativa dos investidores de que o republicano interviria com medidas para apoiar os mercados em caso de quedas acentuadas — continua sendo relevante. “Nesse contexto, observamos uma melhora significativa no humor dos mercados globais com o real devolvendo as perdas obtidas ao longo da semana. A melhora vinda do fator externo foi o grande evento de hoje, que beneficiou os ativos brasileiros, impulsionando principalmente a bolsa e aliviando as pressões recentes sobre o câmbio e os juros futuros”, disse Shahini.


O ex-embaixador do Brasil em Washington e presidente do Instituto Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), Rubens Barbosa, ressaltou que o recuo de Trump ocorreu por pressão do mercado financeiro, mas ainda é cedo para prever os impactos dessas idas e vindas da briga comercial entre EUA e China. Na avaliação dele, o episódio de ontem demonstrou o maior enfraquecimento do republicano, “e ainda com conflito aberto com a China”.

“Donald Trump teve de recuar, de qualquer maneira, porque os mercados estavam derretendo, não apenas a Bolsa, mas, especialmente, os títulos do governo dos Estados Unidos, com os juros voltando a subir com uma percepção maior de risco da economia norte-americana e de uma situação de recessão em geral. Os juros iam começar a cair, mas, com o aumento da percepção de risco, os investidores estavam fugindo da economia dos EUA. E Trump foi avisado e ele percebeu, porque não é burro, e teve que voltar atrás”, destacou Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. As escolhas econômicas dele são todas erradas, de tarifa de importação, de fiscal, geral da economia. Ele está pagando o preço pelos erros que está fazendo e o mundo na verdade está pagando o preço”, afirmou Vale.

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O analista da Levante Inside Corp, Gerson Brilhante, destacou que a queda do dólar reflete um ajuste após a euforia inicial com as tarifas de Trump, mas o mercado internacional está em compasso de espera, digerindo os próximos passos dessa disputa comercial e os dados econômicos que virão, como a decisão do Federal Reserve na próxima semana. “Aqui no Brasil, o momento favorece o real, mas a volatilidade deve persistir enquanto o mundo assiste a esse ‘show’ econômico”, avaliou.

No mercado acionário, as bolsas de Nova York tiveram altas históricas, com o Índice Dow Jones subindo 7,87% e o S&P 500 encerrando com valorização de 9,52%. A Nasdaq, bolsa das empresas de tecnologia, registrou alta expressiva de 12,16%. Antes do recuo de Trump, todas operavam em forte baixa. Somente ontem, o valor de mercado das empresas listadas nos EUA saltou em expressivos US$ 4,79 trilhões, puxado sobretudo pelas chamadas “Seven Magnificents” — as sete principais empresas do mundo, formada por Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon, Alphabet, Meta e Tesla. A Apple avançou US$ 397 bilhões nesse período, com uma valorização de 15,33% em apenas um dia, o que representa o maior ganho percentual diário da companhia em quase 30 anos.

No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) aproveitou o embalo externo e também voltou a fechar no azul, avançando 3,12%, para 127.795 pontos.

Fonte: correiobraziliense

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